segunda-feira, 3 fevereiro 2025

militares preparam prisão de migrantes em Guantánamo

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Mais de 150 militares dos Estados Unidos já estão na base naval de Guantánamo, em Cuba, onde o presidente Donald Trump planeja instalar 30 mil leitos, que integrarão uma prisão para imigrantes ilegais criminosos.

Conforme o Comando Sul dos EUA explicou em comunicado nesta segunda-feira (3), “mais de 150 militares” estão na base naval apoiando a operação depois que Trump assinou um memorando na última quarta-feira (29) para o Pentágono e o Departamento de Segurança Nacional expandir o centro de migrantes da base “até sua capacidade total”.

Entre o pessoal militar destacado estão fuzileiros navais e outros militares do Comando Sul dos EUA, que é encarregado da América Latina.

Na quarta-feira passada, ao assinar o memorando para expandir a capacidade do centro de imigrantes na baía de Guantánamo, Trump disse que a medida visa “deter os piores imigrantes ilegais criminosos que representam uma ameaça ao povo americano”.

O Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) opera há décadas um centro de detenção de imigrantes na base militar da baía de Guantánamo, que é administrado separadamente da prisão para suspeitos de terrorismo.

O “czar” de fronteira de Trump, Tom Homan, esclareceu na semana passada que o ICE continuará sendo a agência responsável pela operação do centro de detenção com 30.000 leitos.

Os migrantes que estão chegando à base de Guantánamo até o momento são aqueles que as autoridades dos EUA interceptam no mar quando tentam chegar à costa americana, principalmente procedentes de Cuba e do Haiti.

De acordo com o jornal The Washington Post, o maior centro do ICE tem cerca de 2.000 leitos para deportados, portanto, se o número de leitos finalmente chegar a 30 mil, Guantánamo ofuscará os demais.

A base de Guantánamo opera em um vácuo jurídico onde não se aplicam as mesmas proteções legais sobre migração que se aplicam no continente americano. A situação nas instalações de imigração de Guantánamo tem sido historicamente opaca, com poucas informações públicas sobre o que acontece lá.



Fonte: Gazeta do Povo

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