quarta-feira, 12 março 2025

Coreia do Norte diz que armas nucleares não são moeda de troca

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A Coreia do Norte afirmou neste sábado (8) que suas armas nucleares não são uma moeda de troca, mas uma força prática para bloquear ameaças, e justificou seu contínuo fortalecimento diante das aspirações geopolíticas dos Estados Unidos e do Ocidente.

“Nossa força nuclear não é algo a ser anunciado para ganhar o reconhecimento de ninguém ou uma moeda de troca para negociar por alguns centavos”, disse o regime norte-coreano em um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal KCNA, depois que os Estados Unidos disseram que buscariam a desnuclearização completa do país asiático sob o comando do presidente Donald Trump.

“A força nuclear de nossa nação é de uso prático constante para deter rapidamente quaisquer tentativas de invasão por forças hostis que violem a soberania do país e a segurança de seu povo, e ameacem a paz regional”, acrescenta o texto.

Essa declaração sugere que Pyongyang não teria interesse em voltar à mesa de negociações com Washington, que já durante o mandato anterior de Trump, entre 2017 e 2021, propôs ao país acabar com suas armas nucleares em troca de patrocinar seu desenvolvimento econômico.

A mensagem também faz alusão aos recentes comentários da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia, que reafirmaram sua posição de que não reconhecerão a Coreia do Norte como potência nuclear, e acusa o Ocidente de ser uma força desestabilizadora da paz.

“É bem sabido que a expansão contínua da crise da Ucrânia e o círculo vicioso da guerra no Oriente Médio são o resultado da busca descarada de interesses geopolíticos pelos Estados Unidos e pelo Ocidente”, acusou o regime norte-coreano, que acredita que “velhas gangues de ladrões estão agora farejando a península coreana”.

Pyongyang denunciou o aumento da participação dos países da Otan e da Europa em manobras militares ao redor da península coreana e os acusou de buscar o confronto e o desarmamento do país asiático não por razões de segurança, mas para “alcançar seus objetivos políticos e militares impuros”.

“Precisamente por isso, a justificativa de nossa política de fortalecimento das forças nucleares, que estão avançando a passos gigantes sem conhecer nenhum limite, é ainda mais impressionante”, e as forças hostis “se sentem intimidadas”, afirmou confiante a declaração da KCNA.

O retorno de Trump à Casa Branca gerou especulações de que ele tentaria reavivar a diplomacia com a Coreia do Norte por meio de novas reuniões com o líder norte-coreano Kim Jong-un, após a última reunião malsucedida no Vietnã, em 2019, que marcou um aumento no atrito entre os dois países.

Na sexta-feira (7), Trump expressou novamente a intenção de ter “relações” com o regime norte-coreano e com Kim, com quem afirmou se dar bem.

“Gosto dele, quero dizer, eu me dou bem com ele, ele se dá bem comigo. E isso é uma coisa boa, não é uma coisa ruim”, disse Trump em uma entrevista coletiva na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba.



Fonte: Gazeta do Povo

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