Durante uma entrevista coletiva nesta terça-feira (18), em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não se oporia ao envio de tropas europeias para atuar como “forças de paz” na Ucrânia.
“Se eles quiserem fazer isso, ótimo. Sou totalmente a favor. Se eles quiserem fazer isso, acho que seria bom”, declarou Trump aos repórteres, segundo informações da CNN. O presidente mencionou que França e Reino Unido demonstraram interesse na ideia, mas ressaltou que os Estados Unidos não participariam diretamente “porque estamos muito longe”, justificou. No final de semana, o premiê britânico, Keir Starmer, disse em um artigo que seu país estava “pronto e disposto” a enviar tropas para o território ucraniano, caso fosse necessário, onde iriam garantir a paz no longo prazo.
O tema surge em meio às negociações para o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia, com reuniões como a que ocorreu nesta terça envolvendo autoridades americanas e russas na Arábia Saudita. Segundo Trump, a reunião foi “muito boa” e a Rússia “quer fazer algo” para resolver a situação.
“Eles querem parar a barbárie selvagem”, afirmou o presidente. “Tanto Rússia quanto Ucrânia estão perdendo milhares e milhares de soldados, e muitas pessoas já morreram.”
Questionado sobre a possibilidade de retirar todas as tropas americanas da Europa caso houvesse um acordo de paz, Trump esclareceu que a questão não foi levantada nas conversas recentes.
“Ninguém me pediu para fazer isso, então acho que não precisaríamos. Eu não gostaria de fazer isso. Mas essa questão nunca realmente surgiu”, pontuou.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, informou nesta terça que, após mais de quatro horas de discussões, Estados Unidos e Rússia chegaram a quatro princípios básicos para seguir com as negociações. Entre eles, está a formação de uma equipe de alto nível para “negociar e trabalhar para o fim do conflito na Ucrânia” de maneira que seja “aceitável para todas as partes envolvidas”.
