Steve Bannon, o ex-estrategista que dirigiu a campanha presidencial de Donald Trump em 2016, foi libertado depois de cumprir uma pena de quatro meses por desacato imposta pelo Departamento de Justiça dos EUA, segundo informou nesta terça-feira (29) a emissora CNN, citando fontes familiarizadas com o caso que falaram de forma anônima.
Bannon deixou a prisão nesta terça-feira, uma semana antes das eleições presidenciais americanas de 5 de novembro, nas quais Trump concorre novamente à presidência, em uma disputa acirrada com a democrata Kamala Harris, segundo as pesquisas eleitorais.
O apresentador de podcast segue apoiando o candidato republicano e, mesmo quando foi preso em um presídio federal em Connecticut no último mês de julho, insistiu que influenciaria a corrida presidencial a partir da prisão e que seu programa War Room (Sala de Guerra, em tradução livre) continuaria motivando os seguidores do ex-presidente.
Enquanto estava na prisão, Bannon manteve contato com um pequeno grupo de seguidores, e alguns atuaram como apresentadores convidados de seu podcast, segundo a CNN.
Bannon foi condenado em 2022 por desacato após desafiar uma intimação parlamentar que o forçava a comparecer perante uma comissão que investigava os tumultos no Capitólio em 2021, quando apoiadores de Trump invadiram a sede parlamentar para supostamente impedir a certificação da vitória do presidente Joe Biden nas eleições.
A comissão queria que Bannon testemunhasse porque acreditava que ele tinha algum conhecimento prévio sobre o que iria acontecer em 6 de janeiro de 2021, quando milhares de pessoas invadiram o Congresso. Este incidente deixou cinco mortos e cerca de 140 policiais feridos.
O ex-assessor trabalhou na campanha que levou Trump à presidência em 2016 e foi estrategista-chefe da Casa Branca desde a posse do republicano, em janeiro de 2017, até agosto daquele mesmo ano.
Bannon permaneceu menos de sete meses na Casa Branca devido a desentendimentos com o ex-presidente.
Após deixar a prisão, o ex-estrategista de Trump anunciou que falará em uma coletiva de imprensa ainda nesta terça-feira, em Manhattan, de acordo com seus representantes.
