Após os jogos que fecharam a 34ª rodada da Série B, o CRB voltou ao Z4 da competição, onde agora ocupa a 17ª colocação, com 36 pontos. Diante disso, volta aquela situação preocupante, o dilema por parte de todos no clube, tanto jogadores como comissão técnica, dirigentes e torcedores, em relação a uma possível queda.
Fazendo um retrospecto do que foi o Galo, na Série B, entre empates e derrotas, o time não conseguiu vencer em 25 oportunidades, o que representa quase um turno inteiro. Sobre esta situação, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (31), o meia Gegê disse o que é possível o time fazer, nessas quatro últimas partidas, para fugir do rebaixamento.
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“Infelizmente eu estou fora do jogo, tomei o terceiro cartão amarelo. Gostaria muito de estar presente, ajudar meus companheiros, mas, infelizemente, não vai ser possível. Vou torcer muito por eles. Eu creio que meus companheiros vão fazer um grande jogo e sair com a vitória. Tem uma passagem na Bíblia que diz: ‘Tudo é possível ao que crê’. Nós temos que crer, trabalhar, ter fé que nós podemos e nós vamos sair desta situação”.
Ele admite, no entanto, que será realmente um jogo difícil, contra o Ituano, mas afirmou, com a confiança em alta: “Vai ser diícil, mas acredito muito na vitória. Se Deus quiser, meus companehiros vão voltar lá de Itu, com a vitória”.
Gegê também falou o que o grupo de jogadores pode passar para a torcida, neste momento em que faltam apenas quatro jogos para o final da competição.
“Claro que não é uma situação confortável. Ninguém está contente com isso. Todos nós estamos insatisfeitos, mas é trabalhar, se dedicar, confiar que nós vamos sair desta situação. Pensamento positivo. É trabalhar muito durante esta semana, se preparar muito bem, fazer um grande jogo contra o Ituano (na segunda-feira) e sair com a vitória”, disse, Gegê, que está fora do jogo contra o Ituano, porque está suspenso.
Com o panorama complicado para o clube na Série B, com a queda batendo à porta, Gegê tem contrato longo com o Galo, assim como outros jogadores. Ao ser perguntado se existe o interesse de jogar a Série C pelo Galo, claro, caso o time realmente desça de divisão, para devolvê-lo para a Série B, divisão onde os atletas encontraram o CRB, ele falou:
“A gente está na zona de rebaixamento. É claro que é uma zona desconfortável, mas a gente não tem que pensar no ano que vem, não tem que pensar se vai ser isso, se vai ser aquilo. A gente tem que pensar em tirar o CRB desta situação. É isso que a gente tem que fazer. Pensar no ano que vem quando acabar a competição, com o CRB, se Deus quiser, na Série B. O nosso pensamento tem que ser positivo, em se manter. Não tem que pensar no futuro. É pensar agora, no Ituano, nosso próximo adversário”.
O pensamento é no jogo de segunda-feira, que o Galo tem que vencer, como o atleta realmente falou. Mas se der errado e perder, complica ainda mais a vida do time regatiano. Gegê considera, sem dúvida, um confronto direto, assim como foi contra o Brusque e o Galo venceu fora de casa. “Então, eu creio que venceremos também o Ituano. É sair com a vitória para que a gente possa ter uma reta final mais tranquila”.
O meia regatiano falou, ainda, sobre a maior dificuldade que o time teve nesta Série B. “Um ponto importante foi que a gente teve bastante jogos. É claro que isso pesa um pouco, apesar de eu achar que isso não é o fator principal. Eu acho que no fim da competição a gente tomou gols nos finais dos jogos e acaba pagando um preço alto por isso. Nesta reta final a gente tem que focar para não cometer esses erros para que a gente possa vencer”.
Ao ser questionado se ele e o elenco assumem que são os principais responsáveis por isso que está acontecendo com o CRB na Segundona, Gegê disse que são eles que jogam e têm que assumir a responsabilidade. “Mas é trabalhar, se dedicar e procurar deixar o CRB onde a gente pegou (na Série B). É esse o meu pensamento e acredito que de todos os jogadores”.
A dor de cabeça do técnico Hélio dos Anjos é que Gegê está fora da partida contra o Ituano, já que ele o coloca sempre nos jogos, pelo momento que Gegê está vivendo, fazendo gols de bola parada, dando assistências para as jogadas que resultam em gols, entre outras qualidades do atleta.
Sobre esse tema Gegê, com sua humildade, disse que na ausência dele, têm jogadores no time que podem muito bem jogar. “Têm jogadores bem capacitados no nosso elenco, têm grandes jogadores, o Chay, o Raí, o Rafael Bilu. Acredito que a escolha do professor (Hélio), o jogador que ele escolher, vai substituir muito bem e vai fazer um grande jogo e nos ajudar a vencer”.
O atleta Lucas Dias, do Guarani, disse em entrevista recente que o time não conseguiu ser mais efetivo. Além disso, há o fato das corbranças dos torcedores, por uma postura diferente do time dentro dos jogos, uma postura de cobrar os companheiros.
Em relação ao CRB, às críticas de torcedores e sobre se ele acha que falta mais cobrança, aquela “briga” dentro de campo, entre os próprios ateltas, Gegê disse que não viu a entrevista de Lucas, mas afirmou que no time todos estão indignados com esta má fase.
“Claro que eu entendo muito o lado da torcida. Eles (torcedores) têm razão em ficar chateados, tristes. Acho que a indignação é completa, independente de ser jogador, torcedor, poque ninguém quer estar nessa situação, ser rebaixado. Então, acho que todos os jogadores estão indignados. E eu acredito que nós vamos sair desta situação. O jogo de segunda-feira vai ser muito importante e eu creio muito na vitória do CRB”.
As eleições no clube estão prestes a serem realizadas, serão em dezembro, e entrevistas de possíveis candidatos a presidente, como Marcos Barbosa e o próprio Mário Marroquim (atual mandatário), já foram dadas nas rádios, nas mídias sociais. Ao ser questionado sobre se este tema afeta, de algum modo, os atletas regatianos, Gegê foi sincero e afirmou que não se liga nesses assuntos.
“Eu confesso que não fico muito ligado nas redes socias, em entrevistas. Acho que meu foco principal, agora, é jogar e ajudar meus companheiros e o clube no que eu puder. Acho que a parte externa a gente tem que saber lidar, saber filtrar para que não possa atrapalhar a gente no nosso objetivo principal”, encerrou.
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