Após quatro anos fora do cargo, Donald Trump voltará à Casa Branca para ser o 47º presidente dos Estados Unidos, segundo indica projeção da Associated Press (AP). A definição aconteceu às 7h35 desta quarta-feira (6/11), horário de Brasília.
O bilionário de 78 anos superou, segundo as projeções, a candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, ao atingir a maioria dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. Trump está com 277 delegados, dos 270 necessários, e Kamala com 224.
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Donald John Trump, de 78 anos, líder do Partido Republicano, foi o 45º presidente do país, entre 2017 e 2021, disputou a vaga, novamente, agora contra a representante democrata Kamala Harris, após uma série de polêmicas e reviravoltas nos últimos anos.
Biografia polêmica
O empresário nova-iorquino tem uma biografia recheada de episódios marcantes, que vão da vida empresarial à TV, dos problemas de disciplina na escola até se tornar um dos líderes políticos mais importantes do mundo. Trump nasceu em 14 de junho de 1946, no coração da movimentada Nova York. Ele é o segundo de cinco filhos do casal Fred Trump e Mary MacLeod.
Desde cedo, a personalidade controversa do magnata fez-se presente em sua vida. Ele enfrentou problemas na escola, por se envolver em brigas constantes, a ponto de deixar o local e só concluir os estudos na Academia Militar de Nova York. Integrante de uma família já bem-sucedida no ramo imobiliário, Trump estudou, ainda, entre 1966 e 1968, na Escola de Negócios Wharton, na Pensilvânia, uma das melhores do mundo.
A preparação financiada pelo pai objetivava a entrada futura do filho nas empresas. Aos 25 anos, o jovem Trump assumiu o comando da imobiliária da família, que passou a se chamar The Trump Organization. Dois anos depois, em 1973, o Departamento de Justiça dos EUA processou a companhia por discriminação racial, por recusar imóveis a pessoas negras. O caso terminou em acordo judicial.
Três casamentos e cinco filhos
A vida pessoal do republicano possui, ainda, três capítulos especiais: os três casamentos de Donald Trump. Em 1977, ele se casou pela primeira vez com Ivana, com quem teve os filhos Donald Trump Jr., Ivanka e Eric. O segundo ocorreu em 1993, quando o empresário oficializou a união com a atriz Marla Maples, e com quem teve a quarta filha, Tiffany.
Maples teria sido amante de Trump, enquanto ele esteve casado com Ivana. Após o divórcio e término do primeiro casamento, em 1992, ele manteve a relação com a atriz e, um ano depois, casou-se com ela, com quem ficou junto até 1999. Entre os dois matrimônios, o empresário fez movimentos importantes que ajudaram a reforçar a imagem de sucesso e grande administrador nos negócios.
Em 1983, Donald Trump inaugurou a famosa Trump Tower, em Nova York, e em 1987 ele lançou o livro A Arte de Negociar, uma espécie de biografia autorizada que buscou destacar as suas habilidades de gestor dos negócios da família. Pouco mais de 10 anos após o segundo casamento, ele oficializou a terceira união, com a atual esposa e ex-primeira-dama dos EUA Melania Trump.
Os dois se casaram em 2005, numa comemoração que contou, inclusive, com a presença de Bill Clinton e Hillary Clinton, futuros adversários dele na política. Melania era uma imigrante eslovena, que conheceu Trump durante uma festa, na qual ele estava acompanhado de outra mulher. Eles tiveram o filho Barron. Donald repetiu o pai na quantidade de herdeiros.
Da TV à política
O objetivo de se tornar o centro das atenções sempre esteve claro na trajetória e nos investimentos de Trump. Em 1996, ele comprou os direitos do Miss Universo e, oito anos depois, em 1994, estreou na TV como apresentador e produtor do reality show O Aprendiz. O formato fez enorme sucesso e foi replicado em vários países.
Da TV para a política, foi um pulo rápido. Ele já havia se filiado ao Partido Republicano, pela primeira vez, em 1987, mas houve uma ruptura em 1999. No mesmo ano em que se divorciou pela segunda vez, Trump migrou para o Partido Reformista, considerado pequeno na política dos EUA, e lançou-se pré-candidato à presidência dos EUA.
Muitos duvidaram das intenções dele, à época, e não deu outra: o empresário desistiu da investida política, quatro meses depois, e recebeu várias críticas de que tudo teria sido uma grande jogada de marketing pessoal. O retorno dele ao Partido Republicano ocorreu em 2009 e, em 2016, foi escolhido como candidato à presidência. Dessa vez, no entanto, sem desistência, e mais: com vitória contra Hillary Clinton.