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Semarh emite alerta máximo para chuvas e ventos fortes em Alagoas; risco de alagamentos e deslizamentos preocupa municípios

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) emitiu, no início da tarde desta segunda-feira (30), um alerta meteorológico de nível máximo devido à persistência das chuvas e à ocorrência de rajadas de vento que atingem quase todas as regiões de Alagoas. O aviso, de caráter preventivo e urgente, visa orientar a população e os órgãos municipais diante dos riscos iminentes causados pela instabilidade climática que afeta o estado.

De acordo com a Superintendência de Prevenção em Desastres Naturais (SPDEN), vinculada à própria Semarh, o monitoramento contínuo dos modelos meteorológicos mais recentes apontou para a intensificação das chuvas ao longo do dia, especialmente nas regiões ambientais da Zona da Mata, Litoral (incluindo a Região Metropolitana de Maceió), Baixo São Francisco e Agreste.

“As últimas rodadas dos modelos numéricos mostram que há condições favoráveis à elevação dos volumes de chuva nessas áreas, acompanhadas de ventos que podem variar de moderados a fortes”, diz o comunicado da Semarh. Ainda segundo a nota, nas demais regiões do estado, embora o cenário seja menos grave, também há previsão de precipitações de intensidade fraca a moderada, o que ainda pode causar transtornos localizados.

A Semarh destaca que há risco significativo de alagamentos, especialmente em áreas urbanas com deficiência de drenagem, além do aumento do nível de rios e lagoas, que pode provocar transbordamentos e comprometer o tráfego em rodovias e vias urbanas. Também foi mantido o alerta para possíveis deslizamentos de terra em áreas de encosta, sobretudo nas regiões onde o solo já se encontra encharcado devido às chuvas dos últimos dias.

A instabilidade é explicada por fatores atmosféricos que se concentram na faixa leste do Nordeste brasileiro. “A atuação de cavados nos baixos e médios níveis da atmosfera, combinada à presença de um sistema de escoamento em baixos níveis sobre o Oceano Atlântico, está favorecendo a formação de áreas de nebulosidade convectiva, que, por sua vez, contribuem para chuvas moderadas a fortes e ventos intensos”, explica o órgão técnico.

A situação climática tem afetado diretamente a rotina de municípios do interior do estado. O aumento dos volumes de água em rios e lagoas deixou cidades em estado de alerta, com o registro de pontos de alagamento e o monitoramento constante de regiões com histórico de transbordamentos. Equipes da Defesa Civil têm acompanhado as ocorrências de perto, e a orientação é de que moradores em áreas de risco fiquem atentos a possíveis sinais de deslizamento ou elevação rápida do nível da água.

A capital alagoana, Maceió, e outros 53 municípios do estado estão, ainda, sob o alerta amarelo de perigo potencial para chuvas intensas, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O aviso é válido até às 23h59 desta segunda-feira e poderá ser prorrogado conforme o avanço das instabilidades. O Inmet ressalta a possibilidade de novos acumulados expressivos de precipitação e recomenda cautela redobrada à população, especialmente em deslocamentos.

A previsão para os próximos dias ainda indica continuidade do tempo instável, com possíveis aberturas de sol intercaladas com pancadas de chuva, principalmente no período da noite e madrugada. A Semarh reforça que permanece em monitoramento constante e que novas atualizações poderão ser divulgadas a qualquer momento.

Orientações da Defesa Civil e órgãos ambientais:

  • Evite transitar em áreas alagadas ou com histórico de enchentes;
  • Não se abrigue debaixo de árvores durante rajadas de vento;
  • Em caso de risco iminente, procure abrigo seguro e acione a Defesa Civil pelo telefone 199;
  • Acompanhe os boletins oficiais através dos canais da Semarh e da Sala de Alerta;
  • Moradores de encostas devem estar atentos a rachaduras e escorregamentos de terra.

O cenário exige atenção redobrada da população e das autoridades locais, já que a continuidade das chuvas pode agravar os impactos registrados até o momento. A recomendação das autoridades é de prudência, preparo e prevenção, com especial foco na proteção da vida e da integridade das comunidades afetadas.

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