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Brasil apoia webinar sobre resposta ao HTLV no Sul Global

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Nesta segunda-feira (11), o Ministério da Saúde – por meio do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) – apoiou e participou do webinário “Cooperação Sul-Sul para fortalecer a resposta ao HTLV”. Promovido pelo HTLV Channel, o evento é alusivo ao Dia Mundial do HTLV, 10 de novembro.

O webinar reuniu gestores, pesquisadores e representantes da sociedade civil de países como a Argentina, a Guiné-Bissau, o Peru, o Gabão, a França e o Brasil. A coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Dathi (Cgist/Dathi/MS), Pâmela Gaspar, informou que, no Brasil, se estima que 1 milhão de pessoas vivam com HTLV. A coordenadora destacou as ações do Ministério da Saúde na resposta à infecção. “No início do ano instituímos o HTLV como infecção de notificação compulsória. Os dados ajudarão na formulação de políticas públicas e no cuidado das pessoas vivendo com HTLV”.

Pâmela Gaspar também explicou que está em andamento a implementação de testagem para HTLV durante o pré-natal, e que o HTLV está inserido nas metas do Programa Brasil Saudável. “O Brasil está comprometido com a eliminação da transmissão vertical de HIV, sífilis, doença de Chagas, hepatite B e HTLV,” ressaltou.

Leandro Sereno, representante da Opas, abordou a resposta a HTLV na região das Américas. Ele apresentou as ações da Organização, desde 2019, com a realização de webinários, eventos e a publicação de documentos informativos. Sereno chamou a atenção a recente divulgação da Nota técnica sobre boas práticas para prevenir a transmissão vertical do HTLV-1 no contexto da iniciativa EMTCT Plus, compartilhando boas práticas e experiências de diversos países na prevenção da transmissão vertical. Já o escritório da Organização Mundial da Saúde na África, representado pela Dra Agnes Chetty destacou a importância de disseminação de informação e inclusão do HTLV na agenda de discussões em saúde pública da região.

Sociedade civil

A representante da Associação HTLVida, Adijeane de Oliveira, discursou sobre o papel da sociedade civil na resposta ao HTLV. Segundo ela, o evento foi uma oportunidade de celebrar os avanços alcançados. No entanto, ela ressaltou a necessidade de intensificar as pesquisas na área e convocou as pessoas que vivem com a infecção para se unirem com o objetivo de garantir seus direitos. “A esperança é o que nos move e a ação é o que nos fará ter conquistas concretas”.

Já a representante da sociedade civil da Guiné – Bissau, Fatumata Djalo, explicou que, além de preocupações médicas, o HTLV tem grande estigma social e pontuou quanto a importância da informação como ferramenta de prevenção de novos casos. “É por meio da conscientização que podemos salvar o maior número de pessoas e dar um longo passo nessa vitória”.

 

Lorany Silva

Ministério da Saúde





Fonte: Governo Federal

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