O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que está impondo tarifas de 50% sobre produtos brasileiros porque tem a autoridade para fazê-lo, durante coletiva na Casa Branca. Em suas próprias palavras:
“Porque eu sou capaz de fazer isso. Ninguém mais seria capaz. Temos tarifas em vigor porque queremos tarifas e queremos que o dinheiro entre nos EUA.”
Segundo Trump, a medida não se baseia em um argumento de segurança nacional, mas sim em sua prerrogativa de ajustar tributos de forma independente. Ele declarou que o objetivo é estimular empresas a produzirem nos Estados Unidos, gerando empregos e renda.
A carta que formalizou a imposição da tarifa —— que passa a valer a partir de 1º de agosto —— também envolveu críticas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que Trump considerou uma “caça às bruxas”. Ele aproveitou a oportunidade para reiterar seu apoio à figura política brasileira e criticou o que chamou de “perseguição”.
Impactos econômicos e diplomáticos
- A decisão repercutiu imediatamente nos mercados brasileiros, com queda da moeda local e pressão adicional sobre exportadores.
- Setores como o de carnes já sinalizam revisão de contratos e logística para lidar com esse acréscimo tarifário.
- O governo brasileiro, por meio de seu vice-presidente, tenta negociar reversão da tarifa junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) e firmar acordos com os países do Brics.
Reações do Brasil
O presidente Lula da Silva repudiou a tarifa como injustificável sob perspectivas econômicas ou políticas. Ressaltou a possibilidade de retaliação recíproca, caso o diálogo diplomático fracasse, reafirmando a defesa da soberania nacional e das normas internacionais.
Analistas apontam que a medida constitui uma escalada sem precedentes na política tarifária dos EUA, dificultando acordos comerciais e elevando incertezas no comércio global.




