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Com reunião, senadores brasileiros iniciam missão em Washington para negociar tarifas com os EUA

Na noite de sábado (26 de julho), senadores brasileiros reuniram-se pela primeira vez em Washington como parte de uma missão oficial que visa discutir as novas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, previstas para entrar em vigor em 1º de agosto. Participaram do encontro preparatório os parlamentares Teresa Cristina (PP-MS), Nelsinho Trad (PSD-MS), Esperidião Amin (PP-SC), o astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Fernando Farias (MDB-AL), com os senadores Carlos Viana (Podemos-MG), Jacques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE) chegando ao longo do domingo.

A reunião teve como objetivo alinhar os principais temas que serão debatidos com congressistas e representantes do setor produtivo norte-americano. Conforme destacou Nelsinho Trad — presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado e coordenador da missão —, a preparação é essencial para garantir uma atuação institucional e estratégica em nome do Brasil. A agenda da missão oficial inclui visitas à Embaixada do Brasil e à Câmara de Comércio dos EUA em Washington nas próximas segunda (28) e terça-feira (29).

A comitiva de senadores representa uma tentativa do Brasil de reverter ou adiar a aplicação do “tarifaço” anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump. As novas alíquotas foram vinculadas à ação penal em curso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e já geram apreensão entre setores como agroindústria, metalurgia e suco de laranja.

A iniciativa ocorre em meio a um impasse diplomático: apesar de conversas pontuais, não houve progresso substancial nas negociações até o momento. O vice-presidente Geraldo Alckmin descreveu o diálogo com o secretário de Comércio dos EUA como “frutífero” e reafirmou a disposição brasileira para negociação diplomática. No entanto, altas autoridades americanas mantêm que as tarifas não serão adiadas — embora deixem aberta a possibilidade de negociação posterior.

O Brasil busca criar réstias de interlocução com o setor privado nos EUA, especialmente com empresas influentes como GM, John Deere e membros do Brazil‑U.S. Business Council. A expectativa é que essa ponte empresarial sensibilize o governo americano, mesmo com a recessão nos corredores políticos do Congresso dos Estados Unidos.

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