Enquanto o povo sofre com hospitais sucateados, estradas esburacadas e escolas abandonadas, os cofres públicos continuam servindo de banquete para políticos e empresários envolvidos em escândalos milionários. Em Alagoas, a corrupção parece não ser combatida — apenas administrada.
Escândalos que caem no esquecimento
Da bilionária Operação Taturana, que atingiu a Assembleia Legislativa, à recente Operação Lignum, que desarticulou fraudes fiscais milionárias em Maceió, os esquemas seguem um mesmo roteiro: explosão de denúncias, manchetes de impacto, e depois… silêncio.
“Em Alagoas, a corrupção não é combatida, é administrada. A cada escândalo, uma operação de impacto; mas, passado o barulho, tudo volta ao normal. É o laboratório da impunidade política no Brasil”, dispara o advogado e jornalista Raudrin de Lima, ouvido pela reportagem.
Blindagem e acordos de bastidores
O que revolta a sociedade é a sensação de blindagem institucional. Processos se arrastam, denúncias prescrevem, e nomes já investigados continuam disputando eleições e conquistando mandatos.
Nos bastidores, acordos políticos e alianças eleitorais mantêm a engrenagem funcionando, enquanto a população paga a conta do atraso.
Quem perde é o povo
Cada real desviado significa menos medicamentos nos hospitais, menos investimentos em educação e menos oportunidades para jovens que veem no poder público apenas promessas vazias.
Enquanto isso, a elite política segue blindada, trocando acusações em palanques, mas unida no que realmente importa: a manutenção de privilégios e a impunidade.
Até quando?
Alagoas, um estado rico em recursos naturais e culturais, permanece refém de um ciclo de corrupção que se renova a cada geração. A pergunta que ecoa nas ruas é:
Até quando a sociedade aceitará ser governada por esquemas, e não por projetos de futuro?





