Licenciado do mandato de deputado federal, Eduardo Bolsonaro afirmou que pode permanecer por décadas fora do Brasil, em um possível autoexílio nos Estados Unidos. A declaração ocorre em meio às articulações que ele vem fazendo com parlamentares norte-americanos para pressionar o governo dos EUA a adotar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Pressão internacional
Segundo Eduardo, a única forma de iniciar qualquer negociação com o governo americano, especialmente sobre temas como o tarifaço imposto por Donald Trump aos produtos brasileiros, é condicionar o diálogo à retirada de Alexandre de Moraes da Corte. Ele também defende uma anistia ampla para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Em suas palavras, a “liberdade de expressão” está em risco no Brasil e o Judiciário tem ultrapassado seus limites. Ele considera que a imposição de sanções por parte dos Estados Unidos seria uma resposta legítima às ações de Moraes.
Possível asilo político
Diante do que classifica como perseguição, Eduardo não descarta pedir asilo político ao governo norte-americano. Ele declarou que não pretende voltar ao Brasil enquanto não houver garantias legais de que poderá exercer seus direitos políticos e de expressão sem sofrer represálias.
O deputado também afirmou que não abrirá mão do mandato. Apesar de estar licenciado, permanece articulando com sua base no Partido Liberal para viabilizar sua participação remota nas votações da Câmara.
Declarações polêmicas
Durante suas entrevistas e declarações públicas, Eduardo tem usado um tom cada vez mais crítico em relação ao governo Lula, ao STF e ao sistema eleitoral brasileiro. Ele defende que, se não conseguir reverter o atual cenário, está disposto a permanecer por tempo indeterminado fora do país.
Em suas palavras, ele prefere viver “décadas em exílio” nos Estados Unidos a retornar ao Brasil sem o que considera ser uma vitória plena contra os abusos do Judiciário.
