A Polícia Civil de Alagoas revelou nesta quarta-feira (3) que familiares de Tamires Kelly da Silva foram impedidos de acionar o socorro enquanto a jovem era brutalmente espancada por integrantes de um suposto “tribunal do crime”, no Conjunto Antônio Lins, bairro Mata do Rolo, em Rio Largo. O crime ocorreu no dia 24 de agosto e chocou a comunidade pela violência e crueldade.
Segundo as investigações, Tamires — que trabalhava com coleta de material reciclável e vivia há cerca de um ano na região — foi retirada à força de casa, arrastada pelos cabelos e agredida com correntes até uma área de mata, onde foi executada. A motivação seria uma acusação de furto e arrombamento em uma residência local, feita por uma moradora que também está sendo investigada.
Durante a operação “Reciclagem”, deflagrada nesta quarta-feira, quatro suspeitos foram presos por participação direta no crime. Eles são apontados como membros do grupo que teria julgado e executado Tamires, em uma ação típica de facções criminosas que impõem punições violentas fora do sistema legal.
A Polícia Civil continua as diligências para identificar outros envolvidos e desarticular completamente o grupo responsável. A meta é responsabilizar todos os autores, diretos e indiretos, pela morte da vítima.
