Aldreis dos Santos Oliveira, conhecido como “Moreninho” e irmão mais velho do líder do Comando Vermelho (CV) em Alagoas, foi morto em confronto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) no último domingo (31). Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele atuava em um esquema de extorsão contra comerciantes do Mercado da Produção, em Maceió, cobrando taxas semanais em troca de um suposto serviço de segurança — prática comum da facção em diversas regiões do país.
Durante a operação, foram apreendidos boletos que comprovam a cobrança ilegal. O tenente-coronel Jatobá, chefe do Comando de Missões Especiais, afirmou que a SSP já havia recebido denúncias sobre a atuação de Aldreis, que explorava trabalhadores e submetia permissionários a pagamentos indevidos.
Aldreis, de aproximadamente 40 anos, acumulava uma extensa ficha criminal, incluindo roubo, porte ilegal de arma, extorsão e suspeita de envolvimento no homicídio de uma policial militar em 2008. Ele era considerado um dos membros mais antigos do CV em Alagoas.

A morte ocorreu durante patrulhamento na BR-101 Sul, entre Marechal Deodoro e São Miguel dos Campos. Segundo a PM, Aldreis dirigia uma caminhonete de alto valor e desobedeceu a uma ordem de parada. Ao ser interceptado, desceu armado e atirou contra os policiais, sendo alvejado em seguida. Ele foi socorrido ao HGE, mas não resistiu.
A SSP informou que o irmão de Aldreis, conhecido como “Nem Catenga”, está escondido no Rio de Janeiro. As forças de segurança estão em alerta para possíveis retaliações e reforçaram que não tolerarão qualquer tentativa de atuação criminosa em Alagoas.
A Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento (Semapa) esclareceu que Aldreis não tinha vínculo com a administração do Mercado da Produção e que qualquer cobrança de taxas extras aos permissionários é considerada ilegal.




 
