Teve início nesta quinta-feira (18), no Fórum de Maceió, o julgamento de Matheus Soares Omena dos Santos, de 24 anos, acusado de matar o próprio filho, Anthony Levy, de apenas 4 anos, ao envenená-lo com “chumbinho” — um agrotóxico de venda ilegal. O crime, que chocou Alagoas em maio de 2024, é considerado premeditado e de extrema crueldade, e o réu responde por homicídio qualificado.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Matheus confessou ter colocado o veneno no mingau da criança como forma de vingança contra a ex-companheira, Ingrid Silva, mãe do menino. O casal havia se separado seis meses antes, após um relacionamento de cinco anos. Câmeras de segurança registraram o momento em que o acusado descartou o frasco do veneno na lixeira da creche onde Anthony estudava, numa tentativa de incriminar a instituição.
Durante a sessão, o Ministério Público reforçou o pedido de pena máxima, destacando os “requintes de crueldade e perversidade” do crime. “Matar com chumbinho já é horrível, porque a morte do rato é agonizante. Imagine de uma criança de 4 anos, que teve tontura, espasmos, vômito, hemorragia, parada cardíaca e morreu sem ar. Tudo isso se torna ainda mais chocante pelo fato de ter sido cometido pelo próprio pai”, afirmou o promotor Flávio Gomes.
A família da vítima acompanha o julgamento com forte comoção. Em frente ao fórum, a avó do menino, Flávia Maria, resumiu o sentimento: “Que a justiça seja feita, porque não tem justificativa para o que ele fez com o meu neto. Esperamos pena máxima”.
O juiz José Eduardo preside a sessão, que deve ouvir quatro testemunhas antes da decisão final dos jurado




