A Polícia Federal identificou o pastor Silas Malafaia como um dos envolvidos em um suposto esquema de coação e difusão de informações falsas articulado por Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro. A informação consta em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (20), como parte das investigações que apuram tentativas de abolição do Estado Democrático de Direito.
Segundo o documento, os investigados atuavam de forma coordenada, com divisão de tarefas e estratégias sincronizadas. Malafaia, conhecido líder religioso e aliado político do ex-presidente, teria participado conscientemente da elaboração de narrativas inverídicas e ações de intimidação contra membros do Judiciário e do Legislativo.
O ministro Alexandre de Moraes determinou a apreensão do passaporte de Malafaia, além da coleta de seu celular, realizada no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. A medida ocorre após a PF ter acesso ao celular de Jair Bolsonaro, que revelou conversas entre os dias 13 de junho e 18 de julho deste ano, consideradas provas de um “conjunto orquestrado de ações” com fins ilícitos.
Eduardo e Jair Bolsonaro foram formalmente indiciados pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. A investigação segue em curso e pode resultar em novas medidas judiciais nos próximos dias.




