A disputa territorial entre Colômbia e Peru por uma ilha localizada no Rio Amazonas atingiu um novo patamar de tensão, levando os dois países a deslocarem militares para a região de fronteira com o Brasil. A área em questão, ainda não oficialmente delimitada, fica próxima à tríplice fronteira entre Tabatinga (Brasil), Letícia (Colômbia) e Santa Rosa (Peru).
O impasse começou quando pescadores locais denunciaram a presença de militares peruanos na ilha, considerada por Bogotá como parte de seu território. Em resposta, o governo colombiano reforçou a presença das Forças Armadas no local, alegando soberania histórica sobre a área. O Peru, por sua vez, afirma que a ilha pertence ao seu território e classificou a movimentação colombiana como provocação.

Autoridades dos dois países vêm trocando declarações públicas, e diplomatas trabalham para evitar que o atrito se transforme em um conflito aberto. Apesar do clima tenso, não há relatos de confrontos diretos até o momento.
O Brasil acompanha de perto a situação, já que a disputa ocorre a poucos quilômetros de seu território. O Itamaraty reforçou que mantém postura de neutralidade e defende a resolução pacífica do impasse por meio do diálogo e de mecanismos previstos em tratados internacionais.
Especialistas em geopolítica amazônica destacam que a região é estratégica, não apenas pelo valor territorial, mas também pelo potencial pesqueiro e por estar em uma rota importante para o comércio fluvial e, infelizmente, para o tráfico de drogas. Eles alertam que a escalada militar pode gerar impactos diretos nas comunidades ribeirinhas, que dependem da livre navegação no rio para sobreviver.





