O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (5) que gostaria de chegar a um novo acordo nuclear “verificado” com o Irã e pediu que os trabalhos comecem “imediatamente” nessa direção, ao mesmo tempo em que considerou “muito exageradas” as informações de que ele quer destruir a nação persa.
“Quero que o Irã seja um país grande e bem-sucedido, mas sem armas nucleares”, disse Trump em sua conta na rede social Truth Social, após afirmar que as informações sobre os Estados Unidos estarem “trabalhando com Israel para explodir o Irã em pedaços são muito exageradas”.
“Eu preferiria muito mais um acordo nuclear de paz verificado, que permitiria ao Irã crescer e prosperar em paz. Devemos começar a trabalhar imediatamente”, disse, acrescentando que, uma vez que o acordo for assinado e concluído, será “uma grande festa no Oriente Médio”.
A mensagem vem após o presidente dos EUA ter dito nesta terça-feira que deu “instruções” de que se o Irã o matasse, o país seria “aniquilado”. Ele também assinou um memorando para restabelecer a política de pressão máxima sobre o regime dos aiatolás.
O próprio Trump já havia usado a expressão “explodir” o Irã em setembro do ano passado, sugerindo que o país estava por trás de duas tentativas de assassinato contra ele. O Departamento de Justiça anunciou em novembro que havia frustrado uma conspiração iraniana para assassinar Trump antes da eleição presidencial.
O Irã respondeu neste mesmo dia que se a principal questão para os EUA é que o país não obtenha armas nucleares, suas diferenças podem ser resolvidas e que “não há problema”.
O mandatário americano já impôs uma “política de máxima pressão” contra Teerã durante seu primeiro mandato (2017-2020) e abandonou o pacto nuclear de 2015 que limitava o programa nuclear do Irã em troca do levantamento das sanções, o que afundou a economia iraniana.
Após a saída americana do acordo nuclear, o Irã enriqueceu urânio muito além do nível permitido e agora possui 182,3 quilos enriquecidos com 60% de pureza, perto do uso militar de 90%, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).