O Tribunal do Júri condenou nesta quinta-feira (4) Albino Santos de Lima, conhecido como o serial killer de Maceió, a 14 anos de prisão pela tentativa de homicídio contra o jovem barbeiro Alan Vitor dos Santos Soares. O crime ocorreu em junho de 2024, no bairro Vergel do Lago, e foi marcado por extrema violência e premeditação.
Segundo o Ministério Público de Alagoas, Alan foi seguido por Albino ao sair do trabalho e atingido por quatro disparos — um na nuca, dois no pulmão e um de raspão na orelha. Ele sobreviveu após 30 dias em coma e mais de dois meses de internação hospitalar. Durante o julgamento, Alan ficou frente a frente com o acusado e seu testemunho foi decisivo para a condenação.
A perícia revelou que Albino monitorava suas vítimas pelas redes sociais e mantinha pastas digitais com registros detalhados, incluindo capturas de tela, datas marcadas e até autorretratos em cemitérios. Os arquivos eram nomeados com títulos como “odiadas instagram” e “mortes especiais”, evidenciando o padrão frio e metódico dos crimes.
Além da pena de prisão, Albino foi condenado a pagar R$ 50 mil em indenização à vítima. O promotor Antônio Vilas Boas destacou que o réu já responde por outros homicídios com o mesmo perfil e que a condenação representa mais um passo na responsabilização de crimes em série que chocaram Maceió.
