Em um momento de forte comoção no Tribunal do Júri da capital, Alan Vitor dos Santos, de 21 anos, sobreviveu a uma tentativa de homicídio e se tornou peça-chave no julgamento de Albino Santos de Lima, conhecido como o serial killer de Maceió. Durante a sessão realizada nesta quinta-feira (4), Alan levantou a camisa diante dos jurados e mostrou as cicatrizes dos quatro disparos que sofreu, além da bolsa de ostomia que passou a usar desde o ataque.
O crime ocorreu em junho de 2024, no bairro Vergel do Lago. Alan voltava do trabalho quando foi perseguido e alvejado com tiros na nuca, pulmões e orelha. Ele ficou em coma por 30 dias e, após reconhecer o acusado em reportagens sobre outros assassinatos, procurou a polícia e colaborou com as investigações.
Segundo o Ministério Público, Albino monitorava suas vítimas pelas redes sociais e mantinha pastas digitais com registros, datas e imagens dos crimes. Alan aparecia em arquivos nomeados como “odiadas instagram” e “mortes especiais”, o que reforça a tese de tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou defesa.
Albino já acumula duas condenações por assassinatos anteriores e nega envolvimento no caso de Alan. A promotoria, no entanto, afirma ter provas robustas para garantir nova condenação e reforçar o compromisso institucional com a defesa da vida.




 
